Campinas Decor 2010 revitalizou IAC (Instituto Agronômico de Campinas). A Campinas Decor é a principal e mais tradicional mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista, na edição de 2010 teve como cenário os prédios históricos e o famoso jardim botânico do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o evento conciliou o novo e o antigo, ao recuperar um importante patrimônio histórico.

Composta pela Antiga Casa do Diretor do IAC, tombada pelo Patrimônio Histórico, pelo Prédio da Fisiologia, por três estufas (uma tombada pelo patrimônio histórico) e pelo jardim botânico do instituto, conhecido nacionalmente por suas espécies raras originárias das mais diversas partes do mundo, a mostra se divide entre 2 mil quadrados de área construída e 8 mil metros de paisagismo.

No total, são 68 ambientes internos e externos, preparados por 106 dos mais renomados profissionais das cidades de Campinas, Americana, Engenheiro Coelho, Jundiaí. Mogi Mirim, Paulínia, Salto, Sumaré e Valinhos. Com investimentos de R$ 8 milhões, divididos entre organização, expositores, patrocinadores e fornecedores.

O Prédio da Fisiologia também foi inteiramente reformado para atender às necessidades dos pesquisadores do instituto. Portas, janelas, vidros e esquadrias foram trocados e revestimentos foram revitalizados. Foi feita ainda a reforma dos sanitários e copa, limpeza das áreas de jardins e plantio de grama. Todo o trabalho foi acompanhado de perto por uma comissão do IAC e por integrantes do Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas).

Além dos arquitetos, decoradores e paisagistas que participaram do evento como expositores, o trabalho envolveu um verdadeiro exército de profissionais, como pedreiros, pintores, marceneiros, eletricistas, entre outros. A Campinas Decor chegou a concentrar cerca de 500 pessoas trabalhando ao mesmo tempo. No total, a mostra gerou 1.400 empregos durante a fase de preparação e outros 100 durante seu funcionamento.

Além de restaurar a fachada do prédio principal da estação, a organização da mostra e os arquitetos, decoradores e paisagistas participantes, revitalizaram o imóvel. A intervenção da iniciativa privada permitiu à Unicamp, comodatária da estação, instalar no local um centro cultural e social, que está em funcionamento. A primeira experiência dessa natureza ocorreu em 2003, no casarão do Lago do Café, devolvido ao município com seus espaços recuperados.

“Essas experiências são ainda mais gratificantes, pois além da mostra em si, conseguimos revitalizar patrimônios públicos e históricos para benefício da comunidade. Enxergamos essa parceria como um grande reconhecimento ao trabalho realizado durante esses 15 anos”, ressaltam as organizadoras Stella Pastana Tozo e Sueli Cardoso.

No ano passado, a organização e os expositores recuperaram o edifício Franz W. Dafert, do IAC, que foi devolvido em perfeitas condições para abrigar os cursos de pós-graduação do instituto. Também foram feitas reformas em uma estufa e em diversas pequenas casas que são utilizadas como suporte aos centros de pesquisa do instituto.

A realização das duas edições no IAC está sendo possível devido a uma parceria firmada entre a organização da mostra e o governo do Estado, proprietário do instituto. O acordo tem como objetivo a cooperação entre o Estado e a iniciativa privada para a recuperação dos imóveis, que após a mostra, serão utilizados para gerar desenvolvimento científico, tecnológico educacional e cultural. Em troca, o local poderá ser utilizado para a realização da Campinas Decor.

Sobre o IAC

O Instituto Agronômico de Campinas foi fundado em 1887, quando era chamado “Imperial Estação Agronômica de Campinas”. Ao longo desses anos,  desenvolveu cerca de 800 novas variedades de mais de 70 espécies, nas  diversas cadeias produtivas do agronegócio paulista e brasileiro. O trabalho busca sempre o desenvolvimento de variedades, que são subdivisões dentro de cada espécie, mais resistentes a doenças e mais produtivas.

A missão do IAC é gerar e transferir ciência e tecnologia para o negócio agrícola, visando à otimização dos sistemas de produção vegetal e ao desenvolvimento socioeconômico com sustentabilidade ambiental. É difícil limitar a importância do IAC a alguns exemplos de suas criações. O trabalho realizado no Instituto sempre foi direcionado à conquista de produtos com qualidade para atender às necessidades dos produtores, às exigências das indústrias e do consumidor.

As contribuições estão nas diversas culturas: arroz, feijão, algodão, frutas tropicais e temperadas, flores, mandioca, batata, cana de açúcar. Enfim, para todas as plantas que fazem parte de nossa vida, não somente na alimentação, mas também em vestuário e outros segmentos das indústrias.

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